quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Problema de Saúde em São Bernardo do Campo


A saúde pública ainda é um dos pontos mais discutidos e criticados da cidade de São Bernardo do Campo. Tomando por base o Pronto Socorro Central de São Bernardo do Campo e diversas entrevistas realizadas com usuários do sistema de saúde e funcionários do mesmo, procuramos apurar a verdade, por trás do tema que ainda divide tantas opiniões.
Ao consultar o servidor público da unidade médica em questão, o mesmo afirmou que a situação está muito melhor do que é enunciado, pois o atendimento supre cerca de 80% das necessidades da população.
Nas ruas, a resposta foi bem diferente. Foram relatadas diversas reclamações sobre a demora e precariedade do atendimento – “Fiquei quatro horas esperando para ser atendida e quando finalmente fui, o médico nem olhou pra minha cara” – Diz Rose Dias.
Contrariando o parecer do estado, que afirma uma grande melhora na saúde, a população afirma não conseguir enxergar essa diferença. A população informa que o tempo de espera para uma consulta varia de três a quatro meses, dependendo do especialista, quadro agravado também pela demora na realização de exames.
A situação se complica ainda mais, quando se trata de internação, devido a superlotação dos leitos do município, torna-se necessário a transferência do paciente para a cidade vizinha, isso quando há vagas – “Minha irmã precisou de internação, mas mesmo assim, não a conseguimos e ela acabou recebendo alta”- conta Janaína Nunes.
Os problemas citados não são nenhuma novidade, mas resolvê-los pode ser mais difícil do que aparenta. As causas de tal situação estão envolvidas a fatores culturais e políticos, apesar dos mesmos não dependerem, plenamente, da atual administração do município, relacionando-se a uma questão estrutural do sistema de gestão – “Enquanto o modelo não se renovar, a situação continuará a mesma” – afirma o Prof. Gilberto de Almeida, reforçando o problema de gestão que independe da verba do município.
Apesar das controvérsias, a grande maioria da população se mostra descontente com o atual sistema público de saúde, enquanto o estado nega tamanha debilidade.